segunda-feira, 23 de junho de 2014

MUSEU FLORIANO PEIXOTO





O Museu Palácio Floriano Peixoto funciona no antigo Palácio do Governo do Estado de Alagoas, e fica situado no centro de Maceió, na Praça dos Martírios. Foi inaugurado em 2006 com a transferência da sede do governo para o Centro Administrativo, numa área próxima ao museu. A construção do palácio do governo teve início em 1890 e concluído em 1902, com planta e direção do Arquiteto Luiz lucariny. Nesse período até os nossos dias atuais, o palácio passou por reformas em 1956, foi restaurado entre 1971 a 1975, novamente restaurado em 1985, e teve sua última reforma entre 1991 a 1994.

                    Fotografias dos governadores de Alagoas 
           
 Ao adentramos no museu conhecemos exposições provisórias, estas exposições ficam logo no salão de entrada do prédio, na qual, o visitante pode conhecer obras de artistas alagoanos e brasileiros. Ainda no rol principal, podemos ver os bustos dos governadores republicanos de Alagoas, desde o início da Proclamação da Republica. Para quem não teve a oportunidade de conhecer, você pode deslumbrar-se com a fisionomia de cada um desses governadores. Ao longo dos corredores, conhecemos várias telas com pinturas a óleo, datada do século XIX. Nesse mesmo piso, conhecemos a antiga sala de reunião, com todo mobiliário do século XX, com madeiras nobres e bem conservadas, onde também podemos ver um relógio do século XVIII, datado mais ou menos do ano de 1850, e nessa sala também, podemos ver as fotografias de todos os governadores destacados por mandato até os dias atuais. Nesta sala de reunião, destaca-se uma grande tela pintada por Pierre Chalita, que retrata a Independência de Alagoas.


Busto de antigos governadores de Alagoas

Antiga sala de reuniões do palácio
                                
                                               Antigo relógio do século XIX                                                    


Na parte superior do museu, ficava a residência do governador, local onde ele e sua família se alimentavam e dormiam. Nessa área com um grande espaço, foi dividida em salas de exposições de grandes escritores e pintores de Alagoas, como: Rosalvo Ribeiro, Ledo Ivo, e Aurélio Buarque de Holanda. No salão de festas com estilo barroco, notamos a presença de várias mobílias, que estão lá desde a fundação do palácio. Durante todos esses anos, vários objetos e mobílias antigas desde a sua fundação, foram subtraídas por antigos governadores, que levaram para suas casas, isso aconteceu durante as várias reformas porque que passou o prédio, e que foram substituídas por outras sem muito valor histórico.
            Na sacada do prédio onde os governadores faziam seus pronunciamentos, do outro lado da praça, podemos ver a Igreja do Bom Jesus dos Martírios, que foi construída há quase 200 anos atrás, e do lado direito vemos também a antiga sede da prefeitura de Maceió, um prédio bem antigo e histórico no estilo Neo Gótico. Ainda no 1º piso, há um anexo ao lado do salão de festas, onde as pessoas iam fumar ou conversar. Todo o mobiliário nesse espaço, é no estilo Luiz XV, com cerâmica chinesa datada do século XIX, também há algumas mobílias com estilos espanhóis e com mais de 150 anos de existência, ainda bem conservadas.

                               Mobília do salão de festas (Fotos Cléia)                                              
No subterrâneo do palácio, hoje funciona a Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas. Numa parte do subterrâneo, encontra-se uma saída de emergência, que era usada no caso de invasões ou de outra causa em que o governador se sentisse ameaçado. Também há celas, que dizem, no passado servia para aprisionar escravos, pois mesmo com a aprovação da Lei Áurea naquela época, havia estas celas ocultas do povo, mais que na verdade, eram mantidas em sigilo para aprisionar escravos que trabalhavam no próprio palácio.

Aldeia da Bretanha
 Óleo sobre tela, 35 x 47cm. Rosalvo Ribeiro- Paris1894.
 
''Cabeça de Velho Bretão'' Rosalvo Ribeiro 79,5x63 cm Paris, 1893

“Avançar”Paris, 1894 (Rosalvo Ribeiro)


  











“O tambor do Regimento”, Paris , 1895 (Rosalvo Ribeiro)
(Fotos Cléia)  


O museu abriga obras muito importantes, como as pinturas do pintor alagoano Rosalvo Ribeiro, que são telas pintadas a óleo, datada do final do século XIX. Todas essas obras, num total de 21 foram doadas para o Estado de Alagoas, e estão espalhadas por todos os setores de exposição do prédio. 
Quadro Floriano Peixoto (Rosalvo Ribeiro)
(Fotos Cléia)    





Ainda no 1º piso, encontramos dois anexos com Memoriais dedicados ao grande escritor e poeta alagoano Ledo Ivo, no qual um enfoca a natureza e o outro a morte. Ledo Ivo foi um escritor premiado em vários países, como: Cuba, Espanha e México. Todo o seu acervo foi doado ao Estado de Alagoas, e está contido num cenário que busca traduzir a universidade do poeta. Ledo Ivo nasceu em 1924, e faleceu em 2012. Em outro anexo encontramos vários livros, condecorações, medalhas, e pertences pessoais como: óculos, relógios, máquina de escrever, e até um mata borrão. O poeta se considerava um ateu desconfiado, pois ele não dava muito crédito que ao morrer, o sujeito ressuscitaria. Ledo Ivo entrou na Academia Brasileira de Letras em 1987, e veio a receber o título de doutor em 2005.


Espaço Cultural dedicado a Lêdo Ivo

 
                                                                                   (Fotos  Ernando Deodato)     



 

Em outro anexo do 1º piso, encontramos um Memorial dedicado ao poeta e escritor alagoano Aurélio Buarque de Holanda, o criador do dicionário que até hoje é utilizado em nosso país. Aurélio é alagoano de Passo de Camaragibe. Aurélio escreveu vários livros, e entrou na Academia Brasileira de Letras, formou-se em Direito na cidade do Recife. Aurélio, quando ainda jovem, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fixou residência. Depois da Bíblia, o seu dicionário foi o livro mais vendido no Brasil. Nesse Memorial dedicado ao poeta, encontra-se exposto vários objetos pessoais, como: livros originais, óculos e porta cédulas. Aurélio Buarque de Holanda nasceu em 1910 e faleceu em 1989.          



Espaço cultural dedicado a Aurélio Buarque de Holanda.
 
 
 
  (Fotos Thamara Morais)    

O museu tem exposições interessantes, pois, nos faz voltar ao passado, conhecendo histórias que até então eram desconhecidas dos alagoanos. Por isso, vale a pena fazer uma visita e deslumbrar-se com um farto material antigo e importante da história de Alagoas.



Fonte e referências, arquivos do Museu Palácio Floriano Peixoto.
Guia responsável: Antonio
Texto de Gilvan de Oliveira Lima
Fotos de Ernando, Thamara e Cléia.
Edição final do Blog por:  Regis A Feitosa

Visitas:
Terça, quinta e sexta-feira: 8h às 17h;
Quartas: 8h às 21h;
Sábados, domingos e feriados: 13h às 17h.
Todas as visitas tem o acompanhamento de monitor, apto a explicar cada detalhe sobre a construção.
Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, 517, Centro
Contato: (82) 3315 - 7874

5 comentários:

  1. A visita ao museu para mim foi realmente inesquecível, pois, fazem muitos anos que eu estive em um espaço como este. O farto material histórico encontrado foi bastante agradável aos meus olhos. Há tantas obras primas desses ilustres escritores e pintores alagoanos que eu não conhecia. Esse espaço cultural armazena uma grande quantidade de artes, que só a pessoa visitando para conhecer e voltar um pouco na história, que até então, não está no esquecimento, mas, na vontade de se sentir presente. Agora eu me tornarei um grande apreciador dessa cultura, que além de estar tão perto dos nossos olhos, mas, estava distante do meu conhecimento. Faço um convite a todos que se interessem em conhecer um pouco da nossa cultura, e aprender mais o significado de um museu em nosso aprendizado.

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  2. Foi interessante participar dessa visita um famoso lugar para se conhecer, um museu muito antigo espaço onde estiveram os governadores de alagoas.a arquitetura é belissima o predio transpira historia alagoana.um museu muito interessante. Historia do povo alagoano,obras de artistas plasticos. Quem nunca fez essa visita que va conhecer essa historia da nossa cultura.

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  3. A visita ao museu foi emocionante e inesquecível. A adrenalina vai a mil. Recomendo a todos que façam uma visitinha sempre que possível. Principalmente para apreciar as pinturas do pintor Rosalvo ribeiro que, de tão reais, parecem que vão saltar sobre você, é 3D clássico. Só não recomendo para os cardíacos, pois é mais emocionante que final de copa do mundo. Haja coração pra aguentar tanta emoção, nesta verdadeira visita ao passado.

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  4. Foi inesquecível pois quando se trata de cultura novas formas de conhecimento é sempre um mar de histórias.

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